Já dizia o amigo José Cid e passo a citar ‘Eu só queria mais um dia para viver essa paixão’. Acho que bastava um dia. Pelo menos a mim chegava perfeitamente para poder dizer tudo aquilo que ficou por dizer, por fazer o que ficou por fazer e para fazer sentir aquilo que não fiz sentir da melhor maneira.
De facto somos sempre a mesma merda, quando temos não damos valor e quando acaba é como se tudo acabasse com isso, como se o mundo desabasse de uma só vez sobre a nossa cabeça. Há coisas que vão muito além do entendimento humano e isto do amor, ou lá o que lhe possam chamar, é uma delas. Nunca vou perceber, vai sempre passar-me ao lado. Mas tudo bem, possivelmente é apenas porque ainda não chegou o momento. Prefiro acreditar nisso, cada pessoa é livre de acreditar em parvoíces.
É exactamente nestes momentos que sinto falta dos tempos inocentes em que ainda andava no colégio. Poucos eram os rapazes que lá haviam mas lembro-me perfeitamente de dois deles andarem à porrada por causa de mim. Sério, faziam altas disputas ao ponto de no dia dos namorados um me ter oferecido uma rosa e um postal e o outro uma colecção de cromos. Grandes cromos me saíram eles, nisto acabou-se o quarto ano, saí do colégio e nunca optei por nenhum. Perdeu-se o contacto por uns anos e agora passamos na rua e já há um sorriso. Bons, bons velhos tempos. Aqueles tempos tão simples em que uma flor ou uma colecção de cromos serviam para provar um amor : )
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