sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Inocência ou falta dela?

Imagina que tens uma amiga à relativamente pouco tempo mas com quem te ficas a dar bem o suficiente para poderes contar com ela, contar-lhe e ouvir aquilo que te preocupa e partilharem mutuamente o que de bom ou mal se passa na vossa vida. Sentes-te suficientemente à vontade para lhe contar os problemas que tens tido com o rapaz de quem gostas bastante e tens todo o apoio da parte dela, o típico, e ela, sempre presente prontifica-se a apoiar e a estar ao teu lado. Conversa atrás de conversa e contas-lhe um dos principais episódios que fez com que tudo acabasse: o facto de uma amiga tua ter tido a brilhante ideia de se 'atirar' a ele, o que já não é tão típico (pensava eu). Descreves com lágrimas nos olhos o quanto isso te magoa porque, apesar de não terem passado muito tempo juntos, não serem namorados, ou não estar completamente catatónica por ele, tu até gostavas dele, do pouco que tinham e que estavas a tentar construir que, podia não ser muito, mas era vosso!
Semanas passam, até que um dia na faculdade, enquanto estás a fazer exame a tua amiga tona-se 'melhor amiga inseparável' do tal rapaz e tu, que até és uma pessoa de manter a calma, não suportas quando vês picansos e conversas inapropriadas à TUA frente como se TU não estivesses ali, como se não TU magoasses ou como se tudo isso TE fosse indiferente. E da parte dela, como se ela não soubesse o que eu andava a sentir com tudo o que já me estava a acontecer. Dia seguinte e passa toda a manhã a falar nele e em como tinha sido boa a conversa ao telefone da noite anterior porque, segundo ela, ele até era um querido.  
Ora não é muito para ti ouvires isto?
És uma pessoa calma e pedes-lhe educadamente que se acalme, que pense no que está a fazer e no quanto isso te está a magoar, mostras o teu ponto de vista achando tu que isso podia despertar alguma lucidez na pessoa em questão, mas não.

Agora um recado, sei que não vais ler, faço questão até que não o faças mas: a tua com a instabilidade e a tua mania de teres de conhecer e ser amiga de toda a gente obrigas-te a querer agradar gregos e troianos como se costuma dizer e isso não é bom para ti nem tão pouco para quem te rodeia. Nunca irás dar o braço a torcer mas é impossível criar um laço de amizade tão grande no espaço de tão poucas horas. Tens de ser sempre o centro das atenções e, não sei bem porquê, tens de ter os amigos todos para ti. Querida, ninguém te come um bocado!
Sinceramente, a minha amizade por ti só esta comprometida, mais do que pelo que tu me fizeste mas por não ter a capacidade de distinguir se as tuas atitudes são um acto de ingenuidade e de inocência ou se, tal como toda a gente, vês mal naquilo que fazes e continuas a fazê-lo. Tens de acordar para a vida, ver quem te quer bem e é a essas pessoas que mereces lealdade e respeito porque são apenas essas que te querem bem, não é toda a gente daí dizeres que levas tantas chapadas. Seres tão 'oferecida' não te protege de nada daí 'invejares' a minha capacidade de desligar do mundo. Talvez te tenha feito falta um amigo de verdade, talvez te tenha feito falta crescer mais um pouco, mas é para isso que cá estamos. Não voltes a fazer merda porque eu sei muito bem guardar rancor e olha que sou pior inimiga do que sou de amiga e quando quero magoar é raro falhar!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

.. e agora?!

No dia em que tardiamente te lembraste de me contar as tuas aventuras sexuais com outra rapariga, e, mesmo sabendo que não se tratava de uma traição, foi para mim um grande abalo. Desiludiste-me nem sei se mais pelo acto em si, por nunca te ter imaginado dormir com mais ninguém, ou se por só me teres contado meses depois. Nesse dia eu gritei, eu tremia por todo o lado, o coração parecia que me ia saltar do peito, estava-te com uma raiva que se pudesse estrangulava-te, devorei praticamente um pacote de Chocapic e depois de dar três voltas ao Parque de Campismo e deixar para trás um rasto de dois pacotes de lenços estava oficialmente decidida a esquecer-te e a seguir com a minha vida para a frente. Na noite seguinte, peguei em mim, na minha vontade de viver e nos meus amigos e avistou-se uma animada noite de copos. No dia a seguir outra, e depois outra. Ainda não te tinha perdoado e nem por um segundo eu deixava de pensar em ti. Aquilo não estava a resultar.

30 de Julho de 2011, algures durante a noite

terça-feira, 30 de agosto de 2011

mas, e agora?

Deviam ser umas 3h da tarde quando te vi entrar com o teu ar distraído e despreocupado, fato de treino do Benfica pelo pavilhão da Parede dentro. Pousas o saco e dirigiste-te a mim, senti o coração bater mais forte mas não lhe liguei. Estivemos desligados do exterior enquanto me abraçavas uns 10 minutos. Da bancada surgiram os comentários do costume ‘Germano olha o teu genro’, ‘Marta, é teu namorado?’. Sorrimos e sentámo-nos, a conversa continuava. Algo tinha começado ali e naquele momento, eu só não sabia o quê.

Está tudo guardado em mim como se tudo se tivesse passado ontem, era capaz de descrever cada passeio, cada beijo, cada momento, e, quando fecho os olhos, à noite, só me lembro de ti. Ainda sinto os teus braços a envolverem-me quando eu mais precisava, sinto a tua cabeça no meu colo, os teus braços a puxarem-me para ti, o pedir mais um beijo, a tua preocupação aliada à tua forma fácil de ver as coisas que contrastava sempre com a minha complicação desnecessária. Fazem-me falta os teus conselhos e a tua forma de me agradar mesmo sem que fizesses nada por isso, ainda hoje me pergunto como conseguias. Tudo em ti me atrai, mas até de fato de treino da faculdade, com cara de quem acordou à 10 minutos conseguiste parecer-me o gajo mais irresistível do mundo. Ainda te sinto deitado ao meu lado a olhar-me nos olhos e ter o meu coração quase a sair do peito por me falares ao ouvido. Sinto ainda o teu corpo encaixado no meu enquanto as tuas mãos o percorriam, os beijos no pescoço e as carícias na cabeça. Não te resisto. Não são poucas as noites em que dou comigo a pensar em ti, esqueço-me de adormecer.

Não sei o que foste ou és para mim mas sempre me ajudaste mesmo quando não falavas, sempre soube que lá estavas mas agora parece que só sinto um vazio quando me falam de ti. Foi como se tivesses partido para longe mas a tecnologia tivesse ficado aqui. No dia em que decidiste partir da minha vida se me avisar deixaste-me desamparada sem chão no meio de uma tempestade tropical sem que eu tivesse dado conta e sem que a situação fosse reversível. Apenas conto com duas hipóteses: ou volto para um chão seguro ou construo um barco deixo-me levar!

Eu ainda sinto o que senti no dia em que te vi entrar pelo pavilhão, ou melhor, ainda sinto por ti aquilo que sentia quando me beijaste pela primeira vez.

Mas, e agora? As pernas tremem e aquilo que sinto está a escorrer-me pela cara. E agora?


24 de Junho de 2011, pela noite dentro

quarta-feira, 25 de maio de 2011

the end

'- Ele gosta de mim!
- E gosta de ti como quem diz 'gosto de ir à praia contigo ou como quem diz 'não sei viver sem ti?'

por mais tempo que tenha passado contigo, por mais momentos que tenhamos partilhado há coisas que magoam e que não se esquecem. acabou-se