segunda-feira, 12 de outubro de 2009

mais do mesmo

Tenho alturas na minha vida em que acho tudo perfeito, colorido e cheio de coisas boas para dar. Em que acho que o amor pode vencer, que pode sempre vencer tudo, até as más recordações de um passado que ficou muito aquém das expectativas que eu crio, expectativas essas que eu tenho sempre aquela tendência para tornar cor-de-rosa, típica de um romance pronto a ganhar um Óscar. Quando me apaixono tudo tem de ser puro e verdadeiro, entrego-me de corpo e alma como se tivesse ainda 14 anos e estivesse a viver o primeiro amor, desprendo de tudo e é como se começasse a viver a vida de novo. Sou uma romântica incurável que acredita sempre no amor, que desperdiça semanas a inventar um novo desgosto. Para mim é tudo absoluto: gosto é de cartões parvos, passeios de mãos dadas, flores, longas horas de conversas muitas vezes sem o mínimo significado, promessas de amor que sabemos à partida que mais e metade não se cumprem.
Tenho andado fascinada com um olhar, com um sorriso, com um abraço, com um pequeno contacto. Mais uma vez entusiasmei-me, mais uma vez o mundo me caiu aos pés todo de uma vez. Não sei como faço isto, juro que não sei. Mas também juro que um dia vou descobrir.

3 comentários:

  1. mais do mesmo, e é mesmo. mais do mesmo, poderia repetir tudo de novo, mas eu sei e tu tambem sabes que nao vale a pena.
    acerca disto, digo-te assim: "as vezes faz bem errar (...)" o resto da lição tu já a sabes, só tens de a estudar melhor.
    enquanto isso, vou estando por cá, como sempre.
    onelove @

    ResponderEliminar
  2. Existem aquelas pessoas que encaram o amor como um bicho de sete cabeças...o meu pessoalmente só tem três cabeças, e uma delas tem dentes bem afiadinhos. Daqueles que dilaceram a carne e nos atingem no sítio onde mais dói, quando menos se espera, no fundo do heart.
    Tu, porém, elevas o amor até um patamar que eu nunca antes vi...vais á lua e vens num piscar de olhos, sem pagar portagem, o que geralmente resulta numa descida vertiginosa por aí abaixo até a um mundinho chamado terra, onde o resto dos mortais vivem as suas monótonas e angustiantes vidas.

    Deixa-me dizer-te que pelo andar da carruagem corres o risco de um dia, a imagem que terás do amor será algo parecido com isto: "restos dos restos, de restos de carne putrefacta, povoada de pequenos e asquerosos bichinhos que criam inteiras civilizações no pestilento e epidémico bolor daquilo que outrora já foi um soculentO naco de carne onde o refinado gostinho a pimenta agora dá lugar um horrível...bem acho que já percebeste a ideia! ;)

    Não encares isto como um puxão de orelhas, quem sou eu para fazer juízos de valor sobre a maneira como encaras a vida. De facto, invejo essa tua capacidade de viver a vida como a mesma inocência que tinhas com 5 anos. Eu próprio tento fazer isso diariamente. Mas tenho tendência para "racionalizar" (não sei se isto existe) demasiado as coisas boas da vida, tanto, que a maior parte das vezes acabo por não as aproveitar.

    Resumindo, por favor, não mudes, por nada desde nundo (ou do outro) aquilo que faz de ti única e especial. Pois foi por essa rapariga encantadoramente estranha que me apaixonei.

    Acho que só tens de continuar à procura da pessoa certa para fazer essas viagens à lua. Porque verdade seja dida, são do melhor que a vida tem para nos dar! =)

    beijo*

    ResponderEliminar
  3. retrato fiel de qualquer menina que vive o amor na sua plenitude e que entrega o seu coração à pessoa de quem gosta..=) não vale a pena perder esse encantamento nunca, é bonito continuar a acreditar no 'principe encantado'.. e ele anda por ai concerteza =) e eu continuo a ser 'menina' tal e qual descreveste =)

    ResponderEliminar